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Dr Marcus Zanetti Psiquiatra 3.jpg

Bio

Minha trajetória

A ideia de fazer medicina surgiu durante o colegial, principalmente por conta do gosto que eu tinha por biologia e genética.

Entrei na Faculdade de Medicina da USP em 1998 pensando em ser geneticista, mas logo desenvolvi um gosto por neurofisiologia e comecei uma iniciação científica na área, no Laboratório de Neurocirurgia Funcional (LIM-45).

O laboratório era ligado a disciplina de neurocirurgia e circulavam muitos (médicos) residentes da área nele. Além disso, eu pude ter um contato próximo com alguns professores de neurocirurgia, além da oportunidade de participar de atividades acadêmicas e congressos desta área. Logo me tornei presidente da Liga de Neurocirurgia e diretor da Liga de Epilepsia, e até o internato acreditava que a neurocirurgia seria a minha especialidade.

Durante o 5º ano do curso médico (1º ano de internato), porém, passei pelo estágio de psiquiatria e me identifiquei fortemente com a especialidade, o que me fez abandonar a ideia de me tornar um neurocirurgião. Durante a residência médica em psiquiatria (2004 e 2005), esta identificação com a área se fortaleceu e até hoje sinto grande prazer em atuar como psiquiatra, tanto na clínica como com ensino e pesquisa. Já durante a residência eu ministrava aulas e monitorias para os alunos da graduação, e fui preceptor da residência médica do IPq-HCFMUSP de 2006 a 2009.

Em 2005, ainda como médico residente eu comecei a desenvolver atividades de pesquisa no Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM-21), sob supervisão do Prof. Geraldo Busatto Filho. Neste mesmo grupo (com o qual colaboro até hoje) eu posteriormente realizei o meu doutorado (2009 a 2012) e o meu pós-doutorado (2013 a 2016) no campo da neuroimagem e pesquisa translacional em transtornos psicóticos e do humor.

Fui pesquisador visitante na University of Pennsylvania (UPenn) de 2009 a 2016, quando estabeleci colaborações de pesquisa com os Departamentos de Radiologia e Psiquiatria desta instituição em razão do meu doutorado e pós-doutorado.

 

Em 2014, tive papel central no envolvimento de diferentes grupos de pesquisa do IPq-HCFMUSP no projeto ENIGMA (http://enigma.ini.usc.edu/), uma das maiores colaborações multicêntricas internacionais na busca por uma melhor compreensão do cérebro e dos transtornos neuropsiquiátricos. Desde então, temos participado de vários estudos do ENIGMA através dos bancos de dados gerados durante o meu doutorado e pós-doutorado, resultado em diversas publicações de alto impacto na literatura médica.

Desde a residência médica, eu me mantenho envolvido com atividades de ensino: eu coordenei (juntamente com o Dr. Renato Del Sant) o Curso de Psicopatologia para os residências do  IPq-HCFMUSP de 2008 a 2010, e coorganizei a disciplina de "Bases Fisiológicas da Clínica Médica - Capítulo de Psiquiatria" juntamente com o Prof. Geraldo Busatto Filho de 2013 a 2015; e, desde julho de 2019, eu coordeno uma pós-graduação de "Especialização em Saúde Mental" no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, onde também sou orientador de pós-graduação stricto senso desde setembro de 2017.

Paralelamente às minhas atividades de ensino e pesquisa, sempre atuei como psiquiatra clínico atendendo de adolescentes a idosos com diferentes tipos de transtornos mentais. De 2004 até 2010, eu fiz diferentes supervisões de psicoterapia, com supervisores de diferentes referenciais teóricos (psicanálise, psicoterapia breve e psicodrama). Esta foi uma experiência muito enriquecedora para a minha formação como psiquiatra clínico e, apesar de eu hoje focar a minha atuação nos aspectos médicos e supervisão de equipe, tenho na visão psicodinâmica, um grande aliado na minha prática clínica diária.

 

Por minha dedicação acadêmica no campo das psicoses, transtornos do humor e envelhecimento, sempre fui bastante referenciado para casos de esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão e demências. O meu contato com colegas neurologistas e neurocirurgiões desde a época do curso médico expandiu a minha atuação para a interface com neurologia e hospital geral, e desde 2011 passei a atender muitos casos de dor crônica, somatização, psico-oncologia e cuidados paliativos, tanto no consultório como no Hospital Sírio-Libanês. Desde 2019, eu coordeno uma equipe de retaguarda (interconsulta) em psiquiatria no Hospital Sírio-Libanês.

Em decorrência da minha experiência no atendimento de pacientes com transtornos mentais e neuropsiquiátricos graves, com o tempo fui sendo cada vez mais referenciado para avaliar casos que não respondem adequadamente aos tratamentos habituais (chamados de refratários ou resistentes ao tratamento). Isto me motivou a aprofundar o estudo não só das bases neurobiológicas dos transtornos mentais, mas de fatores genéticos, metabólicos e nutricionais potencialmente associados ao adoecimento mental e resposta ao tratamento. 

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